terça-feira, 2 de junho de 2009

A dor que dói mais


Dizia Martha Medeiros em uma crônica 'Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.'

Concordo, e defendo com todas as minhas forças o que ela diz. E faço delas as minhas palavras. Sei porque sinto. Sei porque vivo de fato essa saudade. Saudade de algo que de tão distante ao invés de se apagar ou perder ênfase se multiplica e se agrava cada vez que tem seu nome pronunciado. Queria muito dizer que essa história piegas de que não mandamos no coração é falsa, mas ela se aplica fervorosamente a mim. Ele não fez absolutamente nada pra que eu sentisse o que sinto, nada pra que eu mantesse esse sentimento durante anos. Não quis nem ouvir quando eu tentei lhe dizer. Não sei se ele tinha medo, se é indiferente. E não saberei, para o meu eterno desespero. Existe coisa pior do que simplesmente tentar, tentar e continuar tentando obter resposta ou qualquer manifestação que signifique uma ao menos e não ver resultado. Indiferença. Literalmente a pior e a melhor arma.

O mundo continua, não morrerei de 'amor', também não vou esqueçer, confesso era o que eu mais queria. Mas pra quem tentou arduamente anos, e não surtiu efeito nenhum. Desisto.

Sinto o que sinto só quando me lembram de você. Quando dizem teu nome. Quando sem querer esbarro em fotos.

Pra quem sempre teve tudo, não ter significa um desastre. Mas não é essa a dor que dói mais. É não ter tido chance de demonstrar o que sentia, nem de falar o que deveria ter falado. Falo pras paredes, falo pra quem não tem nada a ver com a história. Porque afinal, se guardar tudo explodo. Um dia te falo. Anota aí!